Maior Consciência = Melhor Tarot

"A sua consciência pessoal e universal é directamente proporcional á sua capacidade interpretativa das lâminas de Tarot". Fui confrontada com esta frase durante os meus estudos, fiquei a reflectir sobre ela e concluí que esta é uma verdade absoluta.

Não é suficiente apenas estudo, não são dons sobrenaturais é preciso mais do que isso, consciência: discernimento do certo e do errado, virtudes que se sobrepõem ao ego, prioridades e motivações certas, conhecimento do "Eu" pelo trabalho interno, lições de vida e experiências pessoais profundas que fazem ponte com os conceitos e simbologia das cartas, dos arquétipos concedendo a sua compreensão mais profunda. Posso olhar para O Sol apenas como uma criança que monta alegremente um cavalo num dia de sol, mas também, usando a consciência consigo extrapolar para clareza, para a fonte da vida, a superação das trevas, a surpreendente beleza da Natureza, a revelação da Luz, a criança interior, etc.

E é aqui que o Tarot toca a verdadeira espiritualidade. Não aquela fé morta em que basta ir á missa de Domingo para ser católico, ler um livro e passar a ser Wicca ou dizer Namastê porque está na moda. Nada disso, é sim um constante trabalho interno, individual que conduz á compreensão e experiência da verdadeira espiritualidade e dos arquétipos universais. Acredito que cada um chegará sua "religião pessoal", livre de dogmas institucionais e ai conseguirá desenvolver a sua própria consciência e alcançar o âmago do Tarot.

Isto sim é a ferramenta mais poderosa que um Tarólogo pode ter no momento de interpretar as sincronias das cartas e que depende única e exclusivamente de si próprio. Deve sair dos pré-conceitos, do que o livro diz e entrar no campo do que eu sinto e compreendo. O que o livro ou o professor ensina é o esqueleto, a estrutura sobre a qual deverá tecer os seus próprios conceitos pessoais. Restabelecer a ligação entre a Consciência e o Tarot é o primeiro passo para sair do superficial.